segunda-feira, 23 de maio de 2011

PROJETO SOLIDARIEDADE 2011

PROJETO: SOLIDARIEDADE:
A UNIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA


Diretora: Ana Maria Ramos
Vice-diretora; Patrícia de Souza
Orientadora Pedagógica; Eliane Cristina Mutschall da Silva
Orientadora educacional: Madalena Coutinho Schoen
Professores: Ariane, Ana, Andréia, Cristina, Elizabete, Flávia, Helenita, Iara, Iara Michelle,
Maurício, Maria da Glória, Neusa, Patrícia, Vinícius.


"Entendo que solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas".
Augusto Cury
Justificativa:
Baseados nesta reflexão, nossa comunidade escolar aceitou a responsabilidade de iniciar um desafio, que nos empolgou e estimulou, pelas dificuldades e oportunidades inerentes à crise que vivemos.
É neste sentido que surge a necessidade de trabalhar a solidariedade na escola e sala de aula, sendo a escola um espaço importante de construção da democracia, onde se devem orientar alunos a discernirem direitos e deveres, vivenciando os princípios democráticos. A qualidade na educação é mais do que uma boa formação moral.
De acordo com os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) os temas transversais devem ser trabalhados em todas as disciplinas, constatando a importância de trabalhar a solidariedade, dessa forma pretende-se levar os alunos a refletir para que tenham condições de formular conceitos, ao invés de, apenas coletar informações sobre o tema.
Dessa forma pensou-se nesse projeto como meio de praticar a solidariedade humana, levando os alunos, professores, pais e comunidade escolar a se sensibilizar com as condições do próximo.
Propusemo-nos a aprofundar mais o conhecimento da situação social da nossa região e pensamos em algumas estratégias.
Tais como abrir espaços internos para discussões sobre este assunto muito falado nos dias atuais SOLIDARIEDADE.
As atividades solidárias fazem parte da cultura brasileira, fato este que vem amenizando algumas carências da parcela de menor - ou nenhum - poder aquisitivo da população, porém que reflete, também, uma característica notável no povo brasileiro: a solidariedade – capacidade de compartilhar dos sofrimentos de outras pessoas e, literalmente, colocar "a mão na massa" para ajudá-las. Um grande exemplo disso foi a mobilização do povo no início de 2011 para ajudar as pessoas da cidade do Rio de Janeiro na notável catástrofe que assolou nosso país.
Existem diversas formas de colaborar, de ser solidário diretamente com uma pessoa ou comunidade carente ou através de organizações que se propõem a estas atividades. O importante é ser útil de alguma forma. Ser solidário não significa apenas doar alguma coisa material, dar uma esmola, participar de campanhas como a fome zero, mas se você tem objetos (roupas, calçados, agasalhos, etc.) sem utilidade, apenas acumulando em sua casa, não hesite em doar. Ser solidário pode ser apenas uma atitude de boa vontade com alguém.
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
Cora Coralina
Passou mais um ano, em um mundo ainda com profundas incertezas, mas nós temos uma certeza neste novo ano....VAMOS DAR AS MÃOS E FAZER A DIFERENÇA!!!


"Está se sentindo vazio? Preencha esse espaço com solidariedade. Saia desse buraco. Há muita gente precisando de você."
Gabriel Chalita

Objetivo Geral
Vivenciar solidariedade e cidadania por meio da participação social para compreendê-la com o exercício de direitos e deveres sociais.
Objetivos específicos

- Estimular a valorização do ser humano através de ações de solidariedade e cidadania;
- Envolver a nossa comunidade escolar em ações de solidariedade e fraternidade;
- Integrar as instituições e empresas que trabalham pelo social e pela cidadania;
- Promover eventos culturais em datas comemorativas do nosso calendário local e nacional;
- Adotar no cotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças;
- Analisar o conceito de solidariedade e cidadania;
- Refletir a respeito de solidariedade com o intuito de legitimá-la;
- Arrecadar e distribuir alimentos, utensílios, roupas, brinquedos e calçados, etc...
- Incentivar a participação social em contrapartida ao descaso e a indiferença.


Fundamentação Teórica
A tradição individualista e socialmente irresponsável é muito forte, por isso, provavelmente tem-se em nosso próprio condicionamento psíquico o maior obstáculo. Esta é uma das razões do esvaziamento ético e do declínio humano em nossa civilização, principalmente nas grandes cidades. E tem como resposta mais lúcida a forma de grupos que desenvolvem maneiras de estimular o potencial humano, por meio do auto-conhecimento coletivo como extensão da auto percepção individual.
Para estabelecer pontes artificiais sobre o distanciamento e o não conhecimento do outro, repetimos frases, clichês, estereótipos, crenças, que são de todos conhecidos, e fazemos da relação social algo inautêntico. Porém, se tivermos clareza sobre o grau de condicionamento individualista determinado por nosso passado, teremos dado um importante passo em direção a solidariedade. E se, além disso, percebemos a relação social como um momento privilegiado de auto-conhecimento e aprendizado, teremos dado outro passo fundamental.
Uma análise das obras existentes sobre o assunto revela um acentuado consenso de que o trabalho voluntário contribui para a felicidade ao eliminar o tédio e dar objetivo à vida. Em média, os voluntários têm duas vezes mais chances de se sentirem felizes consigo mesmos do que aqueles que não se dedicam a nada. (Crist-Houran apud. Niven, 1996, p. 121)
Para isso, é preciso contar não só com a desmistificação de estereótipos, dos inúmeros artifícios sociais, mas também com o propósito claro de desenvolver a solidariedade. Com este propósito sendo consensual, os conflitos são diluídos, e o silêncio ganha espaço na relação. Observa-se que entre amigos, o silêncio não é fator de constrangimento, como acontece nas relações entre desconhecidos ou recém conhecidos como defende Vasconcellos:
“que os sujeitos querem ser reconhecidos, uns pelos outros, amados, notados, eles desejam ter valor para os outros (...) ser revelado pelo outro como merecedor de sua estima.” A solidariedade é um caminho para a amizade (com amor ético), a mais bela forma de amor social, a que mais gera valores e amplia a liberdade humana. (2006)


Na solidariedade, redescobrimos o sentido original da palavra respeito, que nada tem a ver com temor e obediência, mas com atenção integral de alguém. Na solidariedade, percebe-se a beleza da partilha, da ação em conjunto e a percepção desta beleza em si, suscita valores essenciais, como o amor, a paz, a liberdade, a evolução e harmonia.
Quando somos solidários, de certa forma vamos além da bondade, porque participamos de um movimento social nascente, que pode incluir duas ou mais pessoas.
Pertencer a um grupo faz com que as pessoas se sintam mais próximas umas das outras e aumenta a confiança e a satisfação pessoais em cerca de sete por cento. (Coghlan apud Niven, 1996, p. 50).
Ser solidário é sentir-se solidário. Descobrir, em si mesmo esse sentimento, é motivo de comemoração, de confraternização, porque é algo raro tão transformador que geralmente não é bem trabalhado nas instituições e nos grupos formais.
Cada um de nós tem um ritmo próprio no desenvolvimento desta arte, porque nossos condicionamentos diferem em graus de repressão das emoções superiores, da abertura perceptiva e de educação do raciocínio lógico.
Geralmente, ocorre uma combinação complexa destas carências, de modo que precisamos todos compreender a necessidade não só de aprender a ser solidário, mas também a necessidade social de estimular o aprendizado de outrem. Vasconcellos (2006) retrata que:
“há que descobrir que sua afirmação não significa (...) a negação do outro, mas que, ao contrário, a convivência com o outro o leva a potencializar-se e desenvolver-se,” ou seja, a solidariedade, sendo um processo de libertação social, de auto conhecimento coletivo, não é qualidade que se tem ou não, mas que se aprende e se ensina partindo das mais variadas condições sociais, dos mais variados ambientes ou ecossistemas.”
Com esses pressupostos, traz-se para a educação com interesses coletivos, consolidando uma educação democrática, que consiste num processo de humanização, despertando no mesmo exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, percebendo a complexidade do mundo e dos saberes.
A educação como formação e consolidação de tais valores torna o ser humano com o tempo, mais consciente de sua dignidade e da necessidade de seus semelhantes – o que garante o valor da solidariedade – assim como mais apto para exercer a sua soberania enquanto cidadão.

Ações a serem desenvolvidas no projeto:
• Arrecadação de roupas e calçados;
• Fabricação de biscoitos;
• Fabricação de sabão;
• Arrecadação de materiais de higiene pessoal;
• Arrecadação de produtos de limpeza;
• Arrecadação de livros de literatura infantil.